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Ser professora: avaliar e ser avaliada

  • Wenddell Juler
  • 19 de mai. de 2016
  • 3 min de leitura

REFERÊNCIA

ESTEBAN, Maria Teresa. Ser professora: avaliar e ser avaliada. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org). Escola, currículo e avaliação. 2.ed. São Paulo, Cortez, 2005, p. 13-37.


Quando falamos em escola, automaticamente somos induzidos a pensar sobre a avaliação em sala de aula. Um exercício, uma prova ou qualquer outro método avaliativo parece soar como um pesadelo para muitos alunos. O medo da tão temida prova acaba gerando desconforto em alguns estudantes e “prazer” em outros. Há os que se “dão bem”, mas os mais desprovidos de conhecimento para aquele assunto, acaba ficando pra trás.


É por esse e outros motivos que o assunto “Avaliação” se tornou um “objeto de intensos debates dentro e fora da escola...”, como afirma Esteban (2005). Passou-se a procurar e entender a problemática que existe em torno da prática de avaliação.


A avaliação é devidamente debatida e analisada, já que a observação sobre ela levanta críticas em seu processo, alavancando-a com natureza classificatória e excludente. No entanto, o debate volta-se não apenas para verificar as falhas existentes na prática da avaliação, mas para propor aperfeiçoamentos, defendendo-se na afirmação de que as práticas classificatórias podem ser indispensáveis para obter-se uma escola com mais qualidade.


Tendo em base todo o conteúdo referido até aqui, a avaliação tem se tornado, com maior frequência, alvo de análises, reflexões, de experimentação e controvérsia, assim colocada por Esteban (2005).


Em tese, a importância da avaliação no processo de ensino e aprendizagem é indispensável. É nela que se podem observar os déficits de um determinado aluno e sugerir mudanças ou melhorias. Mas há falta de boas intensões ou até mesmo compromisso com o trabalho docente. A avaliação passa a ser um processo puramente classificatório, incluindo de um lado os considerados capacitados e aprovados e excluindo de outro lado os reprovados, sem se ter a plena educação de reformular seus conceitos para uma nova aplicação, onde pudesse visar à observação para um futuro melhoramento. Ou seja, a avaliação tem se tornado um instrumento para reprovar ou aprovar. Simplesmente isso.


Mas a avaliação vai muito além do que apenas excluir ou incluir. É um método que proporciona uma relação direta entre professor e aluno. Deve ser a forma em que os olhos dos professores precisam se ater aos alunos e verificar as falhas para aplicar em novas mudanças. Dessa maneira surge o observar, o avaliar que permite aplicar as devidas mudanças para o melhoramento em sala de aula.




É com o conceito de Avaliar que o professor se encontra e se reconhece como um docente. Isso permite que sejam definidas etapas escolares, além de verificar as relações entre professor e aluno, onde se deve parar ou continuar um determinado assunto, além de orientar a prática pedagógica. Vale apontar que avaliar nem sempre se remete a avaliação.


Avaliar não está apenas na visão do professor. O aluno também reflete o seu processo avaliativo. Assim como o professor ergue seus olhos para interpretar um aluno, o aluno avalia o professor de forma a julgá-lo pelas suas práticas dentro da sala.


A avaliação classificatória entra como lado oposto no processo de avaliar. A avaliação, como tarefa escolar, encontra-se em um espaço mais humano que permite o aluno ser mais crítico em relação ao mundo. Diferentemente da avaliação classificatória, que “configura-se com as ideias de mérito, julgamento, punição e recompensa...”.


Contudo, é necessário que o professor se ponha “frente a um espelho”, onde possa se enxergar com clareza e ver as suas atitudes em sala. A relação de poder imposta pela avaliação do professor sobre o aluno precisa sumir quando se olha no espelho.


É preciso repensar nos métodos para a aplicação da avaliação, tanto em relação à prática docente, quanto em relação propriamente da sua aplicação. A relação de poder que os alunos enxergam em vários professores precisa deixar de existir. É necessário criar laços entre docente e discente e que o processo avaliativo não seja visto com temor, mas como uma forma de enxergar o que falta para se obter uma escola de sucesso.







 
 
 

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